Pedra na Vesicula

A vesícula biliar tem cerca de 7-10 cm de comprimento em humanos e uma aparência verde-escuro devido ao seu conteúdo (bile). É conectada ao fígado e ao duodeno através do trato biliar.

“A vesícula biliar é um órgão que se localiza junto ao fígado e tem a função de armazenar a bile, a qual é produzida pelo fígado, e liberada no intestino após as refeições. A bile ajuda na digestão das gorduras e tem um alto teor de sais biliares, que são produzidos a partir de colesterol. Assim, a vesícula funciona como uma bolsa armazenadora desses sais biliares, ricos em colesterol. Nos intervalos entre as refeições, a parte líquida da bile vai sendo absorvida pelas paredes da vesícula, fazendo com que a mesma fique mais concentrada, ou seja, com menor quantidade de água. Este é o mecanismo pelo qual começam a se formar os cálculos ou pedras”.

O QUE É PEDRA NA VESÍCULA

O nome dado pelos médicos ainda é pouco conhecido: colelitíase. Muitas pessoas podem estranhar se souberem que esta doença popularmente conhecida como pedra na vesícula ou cálculo biliar afeta cerca de 20% da população mundial.

Sem dúvida este é um dos principais distúrbios, responsável por boa parte dos atendimentos nos consultórios de doenças digestivas.

Pedras na Vesícula são formações duras dentro da vesícula ou nos canais biliares

COMO A PEDRA É FORMADA NA VESÍCULA

A bile é produzida no fígado e é eliminada no intestino. A bile ajuda na digestão de alimentos gordurosos. Ela contém várias substâncias, entre as quais colesterol e pigmentos. Quando algumas dessas substâncias aumentam em quantidade na bile, elas podem se depositar na vesícula. Com o passar dos meses e anos, estes depósitos se unem e formam pedras (cálculos).

 calculo biliar

A bile é produzida no fígado e transportada para o intestino (duodeno) através de canais biliares. A vesícula tem uma função simples no organismo: de armazenar a bile; ela não produz bile.

Outros locais do organismo, como o rim, a bexiga e o canal da saliva e o lacrimal também podem formar pedras (cálculos). Mas, as pedras desses locais são diferentes das pedras da vesícula.

Entenda:

O fígado fabrica a bile, um líquido amarelado com 85 a 95% de água, que contém, principalmente, colesterol (não relacionado ao do sangue), lecitina e ácidos biliares.

A bile flui do fígado para o duodeno (primeira porção do intestino delgado) no qual ajuda na digestão dos alimentos. Uma parte da secreção biliar, no trajeto, primeiramente, entra na vesícula, sofrendo um processo de concentração.

Quando algum componente da bile sofre uma modificação química ou de quantidade, pode acontecer a formação e a precipitação de microcristais, na grande maioria das vezes, dentro da vesícula biliar. Estes vão crescendo pelo acúmulo de novas camadas podendo alcançar milímetros a centímetros de diâmetro.

Quando a comida sai do estômago para o intestino, a vesícula sofre uma contração reflexa, liberando a bile lá concentrada. Essa contração e o conseqüente fluxo biliar podem mobilizar os cálculos. Esses podem trancar no caminho, logo na saída da vesícula ou no primeiro e fino canal de drenagem, chamado de cístico.

Menos freqüentemente, o cálculo tem dificuldade de passar no canal seguinte, de maior diâmetro, conhecido por colédoco. Esse traz a bile que vem do fígado e segue até o duodeno, terminando num tipo de válvula, a Papila de Vater, na qual também a pedra pode ficar impactada.

Cabe assinalar que em direção desta papila converge o Canal de Wirsung, transportando o suco pancreático. Isso permite compreender uma parte do mecanismo da inflamação pancreática reativa (Pancreatite Aguda Biliar) à presença ou à passagem do cálculo biliar nessa região.

As dificuldades de trânsito dos cálculos através dos canais biliares e a conseqüente obstrução parcial ou total do fluxo de bile podem determinar a dor da assim chamada cólica biliar.

Os cálculos estão presentes ao redor de 10 a 20% dos adultos entre 35 e 65 anos, predominando entre as mulheres que estiveram grávidas, as que têm excesso de peso e as usuárias de hormônios estrógenos e de pílulas anticoncepcionais.

Pessoas com Diabete Melito e Cirrose estão mais sujeitas a ter pedras biliares do que a população geral.

Existe também, a Colecistite Alitiásica, ou seja, inflamação vesicular sem cálculos. Esta é infreqüente, em geral aguda, mas de apresentação clínica muito semelhante àquela causada por cálculo. A causa do quadro tem sido estudada, ressaltando-se a deficiência circulatória arterial da vesícula biliar.

COMO SÃO AS PEDRAS NA VESÍCULA (CÁLCULOS BILIARES)

O número, tamanho, forma e cor das pedras da vesícula são bastante variáveis. Algumas pessoas só têm uma pedra, enquanto outras têm mais de mil. Da mesma forma, as pedras podem variar de tamanho, iniciando com 1mm (tamanho de um grão de areia), podendo chegar até 15cm.

 calculo biliar

A fotografia acima mostra diversos tipos de cálculos biliares (pedras na vesícula), com vários tamanhos, formas e cores.

SAIBA O QUE É A COLECISTITE

A colecistite é a inflamação da vesícula biliar e normalmente está diretamente associada a obstrução da mesma por um cálculo biliar – pedra na vesícula. A colecistite pode ter sua origem em uma infecção ou apenas em algum fator irritativo que possa causar uma inflamação em uma vesícula já obstruída.

Diferente da cólica biliar, onde a dor é limitada e desaparece após o relaxamento da vesícula fora dos períodos de alimentação, a colecistite se caracteriza por uma dor constante e mais forte. Essa dor, normalmente vem associada a vômitos e febre. No caso de colecistite, a dor também piora durante a alimentação.

Apesar da colecistite normalmente estar associada a obstrução da vesícula, ela também pode ocorrer em pacientes sem história de pedra na vesícula. Em aproximadamente 10% dos casos, pacientes com colecistite não possuem histórico de cálculo biliar.

TRATAMENTOS PARA PEDRAS NA VESÍCULA

O tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos (dissolvendo as pedras) ou através de cirurgia para a retirada da vesícula (colecistectomia).

Existem medicamentos que atuam dissolvendo o cálculo biliar, e sem dúvida, o uso deles deveria ser a primeira opção de tratamento nos casos em que não existe gravidade ou risco de complicações.

Muitas vezes, os ótimos resultados financeiros obtidos com as cirurgias (colecistectomia por laparoscopia), fazem com que a retirada cirúrgica das pedras na vesícula sejam normalmente a primeira recomendação adotada por muitos médicos. A remoção da vesícula biliar já é uma das cirurgias mais praticadas no Brasil, e a maioria delas é realizada por via laparoscópica. O termo médico para este procedimento é colecistectomia videolaparoscópica, onde a operação é realizada através de quatro pequenos orifícios de 0,5 cm no abdomen e geralmente o paciente fica um dia internado no hospital e retorna às atividades normais em 10 a 15 dias.

Na maior parte dos casos as pedras na vesícula são assintomáticas e os pacientes geralmente nem sabem que estão com o problema. Em mais de 80% destes casos, o paciente só descobre que está com pedra na vesícula quando sente uma cólica biliar. Atualmente existe tratamento com medicamentos eficientes, rápidos e baratos. Porém, infelizmente, ainda é enorme o número de pessoas que são operadas indevidamente e sem a real necessidade.

Em alguns casos, os sintomas invocados para justificar uma cirurgia (azia, desconforto e enfartamento do estômago, vómito cíclico etc.), nem sempre são causadas pelas pedras e muitas vezes reaparecem depois da operação.

O exame de escolha para o diagnóstico normalmente é a ultra-sonografia. A partir do diagnóstico de pedra na vesícula, deve-se avaliar a melhor opção de tratamento.

Nos pacientes assintomáticos que encontram uma pedra acidentalmente em exames de rotina, em geral a conduta é sem o uso de cirurgia. Trabalhos mostram que menos de 15% das pessoas com pedras assintomáticas desenvolvem sintomas em um prazo de 10 anos. E as que desenvolvem, o fazem como cólica biliar, e não colecistite ou outras das complicações possíveis.

Portanto, a não ser que haja outros dados na história clínica, não se deve levar para cirurgia pacientes com colelitíase assintomática.

Um produto medicinal natural que dissolve os cálculos biliares (pedras na vesícula) é o ROWACHOL. Trata-se de um medicamento fitoterápico produzido pela ROWA, um laboratório europeu muito conceituado. Apesar do tratamento ser um pouco mais longo (normalmente 6 meses a 1 ano), normalmente os pacientes tratados com este medicamento dificilmente voltam a apresentar o problema. É importante salientar que devido ao produto ser a base de óleos naturais, não possui contra-indicações e não causa efeitos colaterais.

Nos casos de colangite ou pancreatite, o procedimento é cirúrgico com desobstrução da via biliares. Retira-se também a vesícula no mesmo ato cirúrgico para evitar recorrências.

Existe uma substância chamada de ácido ursodeoxicólico que também dissolve cálculos biliares (pedras na vesícula), mas esta droga possui algumas contra-indicações e pode ocasionar efeitos colaterais, devendo ser utilizada apenas sob acompanhamento médico. Muitas vezes o tratamento com este medicamento não resolve o problema definitivamente, ocorrendo a reincidência do problema após um longo período sem uso.É importante lembrar que ao contrário dos produtos naturais, para o uso de medicamentos alopáticos é imprescindível a prescrição, orientação e acompanhamento de profissionais da área de saúde.

Apesar de totalmente contra-indicada, devido aos possíveis efeitos colaterais que pode ocasionar, existe ainda a opção pelo tratamento com ondas de choque (litotripsia), semelhante ao feito com o cálculo renal.

A cirurgia está indicada apenas nos seguintes casos:

• Paciente com sintomas graves o bastante para interferir com sua rotina diária.
• Paciente que apresentou alguma complicação devido à presença dos cálculos.
• Paciente que possui algum fator que aumente seu risco de desenvolvimento de complicações.

NO CASO DE CIRURGIA: POSSO VIVER BEM SEM A VESÍCULA BILIAR?

Conforme alertamos nos parágrafos acima, o tratamento normalmente pode ser feito com o uso de medicamentos (dissolvendo as pedras), mas no caso de cirurgia para a retirada da vesícula (colecistectomia), algumas informações são importantes e necessárias aos pacientes.

Sabemos que é perfeitamente possível viver sem a vesícula biliar, pois a bile, como já explicamos, é produzida no fígado. Durante os primeiros anos após a cirurgia, há alguma intolerância a alimentos mais gordurosos, mas com o passar do tempo os pacientes geralmente se adaptam e não necessitam de restrição alimentar muito rigorosa. Em alguns poucos casos (aproximadamente 5%) o paciente fica com o hábito intestinal mais rápido (intestino solto), o que pode causar algum desconforto momentâneo, mas na maioria dos casos melhora um pouco a longo prazo.

AVISO: O mais importante é que as pessoas busquem informação, conheçam as opções de tratamento que podem ser utilizadas e juntamente com um profissional de sua confiança iniciem o quanto antes o seu tratamento.

O bom profissional que atende a pacientes com cálculos biliares em sua prática clínica deve conhecer as diversas formas de tratamento e constantemente atualizar seus conceitos a fim de oferecer o melhor para cada caso em particular.

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